Saiba como controlar a Ferrugem no Cafezal

A ferrugem é uma doença que , se não controlada, causa desfolha intensa e prejudica a produtividade. Para evitar prejuízos, é importante conhecer os principais métodos para realizar o controle.

A ferrugem é um fungo da espécie Hemileia vastatrix que ataca o cafeeiro. É a doença mais importante em termos de necessidade de controle e se caracteriza pelo aparecimento de pústulas com esporos de coloração amarelo escura a marrom na superfície das folhas, a partir da emergência até o estádio de maturação, provocando desfolha.

Conforme as folhas caem a planta diminui a taxa fotossintética, perde a capacidade de produzir carboidrato e consequentemente de auxiliar no crescimento do cafeeiro. Os esporos da ferrugem são espalhados pelo vento, germinam e penetram nas folhas. De início, não é possível perceber nenhuma alteração aparente na planta, o que vai ocorrer algum tempo após a infestação, quando o fungo se reproduzir e esporular.

Nesse momento, as manchas começam a surgir e a doença já causou danos à plantação. A Hemileia vastatrix é um fungo biotrófico que sobrevive somente no cafeeiro; ou seja, precisa se reproduzir na plantação. 

O manejo de controle contra a ferrugem deve ser preventivo, feito por meio da aplicação de fungicidas cúpricos a base de cobre, moléculas de triazol e estrobilurina, nos meses de novembro até março a abril, dependendo das condições de chuva do ano. 

No caso dessas aplicações em ambientes de fazenda, as chuvas também são problema, pois ao invés de aplicar o fungicida no período de seca, de carência de chuvas, o produtor faz o contrário. O fungicida precisa de no mínimo 4h a 6h para penetrar bem na planta. Após esse período pode chover que não há problemas. Mas, se a pulverização for feita às 14h, por exemplo, e chover às 16h, teremos perda com a aplicação do fungicida, que não será absorvido totalmente pela planta, sendo lavado parcialmente. 

Assim, mantenha em mente que o controle preventivo é a chave para evitar grandes perdas causadas por essa doença.

Fonte: https://rehagro.com.br/blog/o-que-e-e-como-controlar-a-ferrugem-no-cafeeiro/

Comercialização da safra brasileira pressiona as cotações do café

Semana começa com arábica e conilon recuando mais de 1% no mercado futuro

A semana começou com desvalorização para o mercado futuro do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Future US). O mercado estende as baixas registradas na última sexta-feira, quando as cotações foram pressionadas pelas estimativas para a safra 22 do Brasil e também pelo avanço da comercialização da safra. 

Sinais de aumento nas vendas de café no Brasil impulsionaram a oferta de café e pesaram sobre os preços depois que a Safras & Mercado informou que os produtores brasileiros de café venderam 32% de sua safra de café 2022/23 em 14 de janeiro, bem acima dos 19% vendidos um ano antes, destacou a última análise do site internacional Barchart. 

No Brasil, apesar da volatilidade observada, analistas continuam mantendo a projeção de preços firmes para o café até pelo menos início da colheita da safra brasileira. Os fundamentos permanecem firmes. Continua sendo maior a preocupação com a queda na produção mundial de café e com os entraves logísticos mundiais, que tornam o quadro ainda mais complicado. A irregularidade do clima, os estoques baixos, no Brasil e no mundo, e a forte alta dos insumos assustam os cafeicultores, que continuam arredios em vender o que resta de lotes da atual safra 2021/2022 nas bases de preços oferecidas atualmente. No mercado físico brasileiro”, destacou a última análise do Escritório Carvalhaes.

Fonte: https://www.noticiasagricolas.com.br/noticias/cafe/307604-semana-comeca-com-arabica-e-conilon-recuando-mais-de-1-no-mercado-futuro.html#.Ye7A0f7MKM8

Conab: Produção de café deve atingir 55,7 milhões de sacas na safra de 2022

Os produtores de café deverão colher a terceira maior safra do grão neste ano. De acordo com o primeiro levantamento da safra do produto em 2022, divulgado nesta terça-feira (18) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção esperada é de 55,7 milhões de sacas de 60 quilos. A estimativa, caso confirmada, representa um acréscimo de 16,8% em comparação à 2021 – aumento já era esperado devido à temporada anterior ser de bienalidade negativa para a cultura. O resultado só não é melhor que os desempenhos registrados nos anos de 2020 e 2018, as duas últimas safras de bienalidade positiva.

A queda na produção neste ano, quando comparada com 2020, é reflexo das condições climáticas adversas registradas principalmente entre os meses de julho e agosto em 2021. A estiagem e as geadas ocorridas com maior intensidade nos estados de Minas Gerais, São Paulo e Paraná, impactaram nas condições fisiológicas dos cafezais. Com isso, as produtividades, em especial da espécie arábica, não deverão manifestar seu pleno potencial produtivo. Ainda assim, a produção para esta variedade de café deverá ser acrescida em 23,4% em relação à safra anterior, sendo estimada em 38,7 milhões sacas.

Já para o conilon, a expectativa é de um novo recorde com a colheita podendo chegar próxima a 17 milhões sacas. O aumento de 4,1% em relação à safra anterior combina a elevação da área plantada estimada em 3%, passando de 375,2 mil hectares para 389,1 mil ha, e uma ligeira melhora na produtividade de 0,4%, saindo de 43,4 sacas colhidas por hectare cultivado para 43,6 sc/ha.

Área – A área destinada à cafeicultura, quando consideradas as duas variedades, totaliza 2,23 milhões de hectares, representando acréscimo de 1,7% sobre o ciclo anterior. Considerando apenas as lavouras em produção, o índice fica próximo da estabilidade e soma 1,824 milhão de hectares, em relação ao período anterior. Em contrapartida, a área de formação deverá ter acréscimo de 6,4%, alcançando 416,7 mil hectares. Se compararmos com 2020, último ano de bienalidade positiva, o crescimento para as áreas que não registram produção chega a ser de 50%. “Esse elevado aumento da área em formação mostra os efeitos das condições climáticas adversas registradas no ano passado. A estiagem e as baixas temperaturas exigiram um manejo de poda mais intenso, conduzindo uma área significativa de café para produção somente na safra 2023 ou 2024.”, ressalta o diretor de Política Agrícola e Informações da Companhia, Sergio De Zen.

Fonte: https://www.noticiasagricolas.com.br/noticias/cafe/307158-producao-de-cafe-deve-atingir-55-7-milhoes-de-sacas-na-safra-de-2022.html#.YecMFP7MKM8

Café: logística será um dos principais desafios para 2022, diz Cecafé

Como o Brasil é um país exportador de café, sua posição geográfica intensificou os problemas de logística causados pela pandemia

Em 2021, o Brasil produziu pouco mais de 48 milhões de sacas de café, contra pouco mais de 63 milhões de sacas em 2020, redução de 24,4%. A explicação está na bienalidade negativa e de problemas climáticos que afetaram boa parte da região sudeste durante o ano.

Com uma oferta menor e uma demanda aquecida, o grão teve uma excelente valorização no mercado. Em dezembro de 2020 a saca do tipo arábica era negociada a R$ 600,82. Em igual mês do ano passado, o valor chegou a R$ 1.447, aumento de quase 130%. Com essa crise logística surgiram soluções atípicas, como por exemplo, o transporte de uma carga de café especial do brasil para o reino unido feito de avião.

Em relação a 2022, ainda é cedo para projetar safra. No entanto, o Cecafé cita algumas demandas importantes para o ano que vem, uma das mais importantes, é o investimento em logística.

Quando o consumidor comprar o café e ver origem Brasil que ele tenha o orgulho e a ciência que aquele produto gera progresso humano na região, gera riqueza e que foi cultivado com boas práticas agrícolas. Que ele consuma aquele café tendo isso em mente. Esse é o desafio de todos nós brasileiros.

Fonte: https://www.canalrural.com.br/noticias/agricultura/cafe-logistica-sera-um-dos-principais-desafios-para-2022-diz-cecafe/